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ater
projeto ater
> O projeto <ater> foi o primeiro trabalho artístico experimental da plataforma <ater> e foi contemplado pelo edital ProAC 36/2021 – Artistas Iniciantes.
PROPOSTA
<ater> é um projeto cultural e artístico que propõe reflexões críticas relacionadas aos campos da inteligência artificial (IA), das artes e das tecnologias na atualidade. A partir da perspectiva contracolonial criada pelo mestre quilombola Antônio Bispo dos Santos (Nêgo Bispo), interessa-nos pensar esses campos tão eurocentrados a partir de outras vozes e presenças, preferencialmente as negras e indígenas brasileiras.
Debruçar-se, hoje, sobre os campos das tecnologias e artes pelo viés contracolonial é mais uma ação para romper com as políticas hegemônicas estruturais e, principalmente, uma postura ética urgente. Como diz Nêgo Bispo, citado por Luiz Rufino no livro Quatro cantos (n1-edições, 2022), “[…] não basta descolonizar é preciso contracolonizar”. Ainda segundo Bispo, “contracolonizar é um ato confluente, assim não disputa a centralidade de nada, pois reconhece que a luta está em contrariar, transgredir, sucatear, rasurar, enfeitiçar e despachar as presenças e obras coloniais.” (Bispo apud Rufino, 2022, p. 69-70).
O intuito do projeto <ater> é promover e ampliar o debate urgente em torno das questões relacionadas à inteligência artificial em arte e tecnologia no Brasil por meio da criação de ações e espaços de referências para se estabelecer compartilhamentos a partir da criação artística, crítica, curatorial e educacional. Visa, com isso, evidenciar as implicações sociais, éticas e políticas reforçadas pelo sistema algorítmico. Contribui para a compreensão e construção de novas propostas para a arte, tecnologia e inteligência artificial no início da década de 2020.
O PROJETO
O projeto <ater> é um trabalho de crítica social e institucional que articula discussões e investigações teórico-práticas relacionadas aos impactos da inteligência artificial no mapeamento da produção de artistas racializados (negros e indígenas) brasileiros nas redes sociais e em instituições de arte brasileiras.
É o primeiro trabalho experimental da série <ater> e foi contemplado pelo edital ProAC 36/2021 – Aristas Iniciantes. Seu objetivo é o desenvolvimento de uma intervenção artística que consiste na criação de:
O QUE QUEREMOS

Refletir criticamente sobre as relações entre arte, inteligência artificial, redes sociais e questões étnico-raciais negras e indígenas brasileiras.
Criar uma intervenção artística que possibilite evidenciar o processo crítico e experimental na criação de um trabalho que contemple a inteligência artificial e suas complexidades.
Realizar um mapeamento de perfis no Instagram de artistas e curadores negros e indígenas e de instituições de arte brasileiras, que servirá como base de dados para a criação do software.
Investigar como a inteligência artificial, presente no Instagram, pode invisibilizar e perpetuar o racismo estrutural nos aspectos relacionados ao desenvolvimento do software do projeto.
Desenvolver uma plataforma online com acesso ao software, processo de desenvolvimento, questionamentos e reflexões sobre o projeto.
Elaborar um programa educativo composto por encontros gratuitos e abertos ao público, com o intuito de compartilhar os aprendizados e o processo de criação e de desenvolvimento do projeto <ater>.
Desvelar e trazer transparência em relação aos sistemas algorítmicos e dados disponibilizados pelo Instagram.
Auxiliar na formação de bibliotecas de algoritmos que considerem questões étnico-raciais e possam colaborar com outros projetos artísticos e de inteligência artificial.
Contribuir com pesquisas relacionadas ao campo de arte e tecnologia.
Atuar na construção de outras formas de disseminação de tecnologias e narrativas contracoloniais nos campos da inteligência artificial, das redes sociais e da arte contemporânea.
QUEM SOMOS
O projeto <ater> foi criado por Larissa Macêdo e Lucas Castro em 2020.
Larissa Macêdo
Lucas Castro
Como estratégia de subversão das lógicas dominantes, a realização da primeira fase do projeto contou com as participações de Lorraine Mendes, Maria Rita Casagrande, Virginia Campos e Yas Navarro, formando uma equipe de arte-tecnologia negra e brasileira.
Virginia Campos
Lorraine Mendes
EDUCATIVO
APOIO


















